O Indivíduo e a Vontade
O
direito conseguirá, na melhor das hipóteses, saciar a vontade das pessoas de
forma superficial, pois cada indivíduo é único, com seus próprios valores
morais e suas próprias verdades, adquiridas através de experiências vividas ao
longo de suas vidas.
Portanto,
o que satisfaz uma pessoa não irá necessariamente satisfazer outra neste
sentido, é uma utopia acreditar em uma sociedade que distribui de forma
igualitária bens e direitos, e ao mesmo tempo, satisfaça individualmente cada
pessoa, pois, cada indivíduo vê o mundo de uma forma diferente, além disso,
somos competitivos, a competição está em nosso DNA, admiramos quem é bom, não
entender isso, é negar nossa condição humana.
Além
do mais, o desejo não pode ser satisfeito, ele apenas renova se, o meu desejo é
de atingir um determinado objetivo, satisfeito este desejo, logo aparecerá
outro em seu lugar.
Algumas
vezes nos tornamos escravos de nossos desejos escravos no sentido de ficarmos
mais tristes pelo que não temos do que gratos pelo que temos.
Existem
também aquelas pessoas que por mania de grandeza, tentam impor a sua vontade a
todo custo, a história está repleta de pessoas assim, como por exemplo, os
ditadores ao contrário dos ditadores, os comunistas e socialistas tratam todas
as pessoas de forma generalizada e igualitária ambos são diferentes mas com uma
semelhança nenhum deles dão a mínima para a vontade de cada indivíduo pois se o
ditador impõe a sua vontade, o socialista trata todos de forma igualitária,
deixando de lado os desejos que diferem de pessoa para pessoa.
Neste
sentido, a sociologia, a psicologia e a filosofia auxiliam o direito a se
tornar menos positivista. Algumas semanas atrás, uma professora disse que:
"a lei é feita para ser cumprida, não para ser justa, até mesmo por que, o
que é justo para um, pode não ser justo para outro" hoje percebo o que ela
quis dizer quando fez esta afirmação.
Também
aprendi que, às vezes, não ter alguns desejos satisfeitos é bom, pois nos
fortalece, e nos ajuda a amadurecer. Sei que a nossa sociedade, nossas leis, o
capitalismo, está longe de ser uma maravilha, mas, é o reflexo autêntico de
nossa verdadeira condição humana.
Artigo escrito por: Gladstone Gimenis, companheiro do Curso de Direito no Centro Universitário
de Várzea Grande - UNIVAG.
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